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Defesa de condenado por pedofilia internacional vai recorrer da decisão

Camila Gonçalves

A defesa do homem de 31 anos condenado a 65 anos e seis meses de prisão por crimes de pedofilia internacional e organização criminosa em Santa Maria vai recorrer da decisão. Conforme o defensor público Alexandre Gallina Krob, seu cliente, Diose Machado Veig,a confessou o armazenamento de imagens de pornografia infantil, mas negou integrar qualquer tipo de grupo organizado ou mesmo ter praticado estupro de vulnerável. O defensor sustenta ainda que não existiriam provas suficientes para uma condenação no que se refere a estupro e que o recurso buscará reverter incongruências constatadas no processo de investigação e o possível exagero da pena.

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A CONDENAÇÃO
A sentença que condenou Diose Machado Veiga foi dada pelo juiz titular da 2ª Vara Federal de Santa Maria, Jorge Luiz Ledur Brito, na última sexta-feira. A decisão aponta para os crimes de organização criminosa, estupro, produção e compartilhamento de arquivos relacionados à pornografia infantil. De acordo com o magistrado, Veiga utilizava um computador com o IP registrado em Santa Maria para colaborar com uma rede internacional de pornografia. Para isso, segundo a sentença, Veiga produzia e compartilhava imagens de crianças e abusava das vítimas quando estavam desacordadas. Ainda segundo a sentença, duas vítimas, uma de 6 e outra de 8 anos, foram abusadas. Com uma delas, Veiga praticou estupro quatro vezes, e com outra, duas. 

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OS CRIMES
Segundo Ledur, os crimes foram praticados em Santa Maria entre 2012 e 2013, mas só vieram à tona em 2015, quando foi pedida a prisão preventiva do suspeito. Na época, Veiga estava prestes a assumir uma vaga como professor de uma escola infantil na cidade. As investigações apontaram ainda que, por integrar um grupo de escoteiros em Santa Maria, há mais de 8 anos,, Veiga aproveitava-se da relação de confiança estabelecida com os pais das vítimas e dos vínculos estabelecidos com crianças.

No último sábado, a instituição Escoteiros do Brasil, com representatividade na Região Central, reafirmou que o condenado participou de um grupo de escoteiros há mais de 8 anos. Além disso, a instituição informa que, há mais de 6 anos, todas as pessoas que participam como voluntários em grupos precisam passar por um curso de formação que trata justamente sobre a temática da proteção infanto-juvenil. Também são exigidos dos candidatos a voluntários documentos que comprovem a sua idoneidade.

Os crimes foram constatados a partir de uma força-tarefa internacional de combate a crimes contra crianças promovida pelo FBI. A operação Downfall I e II identificou que ele era um dos colaboradores das páginas "The Love Zone" e "Deep Web". Para ser membro da organização criminosa, o acusado precisava produzir material inédito de crianças, ou seja, fotos e vídeos de crianças em situação de abuso sexual por adultos.

PRISÂO
Veiga está preso na na Penitenciária de Santa Maria (Pesm), onde cumpre prisão preventiva por esse caso e pena por outras três condenações por divulgação de imagens de pedofilia nas redes.

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